sexta-feira, 31 de maio de 2013

Continue a nadar, continue a nadar... Só que não.

Aí as coisas vão embolando, eu vou morrendo de véspera, vejo partes de minha vida meio nebulosas... Afinal, já ficou mais do que constatado que os três pilares de nossas vidas - família, trabalho e amor - nunca estão perfeitamente equilibrados ao mesmo tempo.
Não vem ao caso o que está acontecendo se é que está acontecendo alguma coisa mesmo. O que vem ao caso é o que vou fazer para lidar com essa situação. E, como percebi aquele probleminha com a rotina, decidi que é imprescindível ter ainda mais disciplina com minhas atividades, pois quando não faço o que tenho de fazer, fico me sentindo um pouco culpada, e isso não faz bem para a minha cabeça.
Analisando então tudo o que faço, decidi que vou dar um tempo na natação. Primeiro porque a água gelada faz meus ouvidos doerem. Esse é um motivo plausível para não ir nadar, porque essa foi inclusive a orientação da otorrinolaringologista. No entanto, ficava me sentindo mal por não ir, chateada comigo mesma. O segundo motivo é que eu estou me sentindo meio desmotivada. Por mais que eu tenha estabelecido uma meta, acabou que eu não me senti impelida a alcançá-la, mesmo sabendo que eu era perfeitamente capaz de atingir os três quilômetros que eu fixei. Então, pretendo parar agora e voltar em setembro, quando o tempo firma novamente e a água já está morna.
Aí vem a dúvida do que colocar no lugar, afinal, corrida, dança e artes marciais estão fora de qualquer cogitação.
Para a questão da disciplina e da rotina, o ideal seria malhar mais um dia com Danilo, afinal, com ele não tem negócio de cansaço, preguiça, sono...
Mas diversificar também é importante, até mesmo para o corpo receber diferentes estímulos.
Pensei então em fazer hidrobike, que seria o spinning dentro da água. É, porque hidroginástica não rola, né? Eu e as velhinhas, naquela água morna, zzzzzzzz... Não, não dá!
Vou ver se faço uma aula experimental. Quem sabe eu gosto e meus joelhos não berram?



quarta-feira, 22 de maio de 2013

O peso da rotina (ou Porque você deve amar sua rotina)

A rotina pode ser um fardo. Pode ser um fator determinante para o final de um relacionamento. Pode ser fator gerador de ansiedade. Ou seja, a rotina pode ser uma merda.
Mas pode ser ótima também, tudo depende de como se vê e de como é a sua rotina, claro.
Levei um tempo para me ajustar à nova rotina de casa. Como muita coisa eu já fazia na casa de meus pais, como o mercado, por exemplo, não houve grande choque quanto a isso. Aí foi fazer uma adaptação em relação às demais atividades chatas necessárias. 
Só que aí vieram as férias e, com isso, bagunçou tudo. E quando digo tudo, é tudo mesmo. Natação, academia, curso. A falta de horários fixos e determinados fez com que os demais horários ficassem frouxos. Com isso, ficava fácil arrumar desculpas para não fazer o que tinha de ser feito.
Com o fim das férias, veio um curso obrigatório do trabalho todos os dias da semana. Mais bagunça. Como o curso é mega monótono, é difícil até ficar acordada. E tome tentar descansar para não passar vergonha na sala de aula. E tome mais confusão nos horários e nas atividades.
Na verdade, eu não gostei de descobrir que não funciono bem sem uma rotina estabelecida. Não achei nada agradável perceber que não consigo manter todo o restante da rotina quando a atividade "principal" não está presente. Me achei muito vulnerável e sem determinação. E isso me incomodou profundamente.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Presente de aniversário!

A postagem era para ter saído ontem, mas acabei me atrapalhando e não mandei, então lá vai.
Hoje é para ler em ritmo de "parabéns pra você, nesta data querida", ok? Porque aqui vão minhas maiores felicitações para uma pessoa que sempre procurou demonstrar coragem, mesmo quando estava apavorada e sem rumo; que nunca se negou a ajudar alguém que precisasse dela, seja com palavras, seja com ações; que aceitou opiniões e conselhos mesmo quando as pessoas não faziam ideia do que ela estava passando ou sentindo; que foi uma rocha ainda que estivesse corroída de saudade; que fez de tudo para que alguns meses passassem mais rápido e menos sofridos do que estavam passando; que abriu mão de muita coisa em busca de uma vida melhor; que aceitou outras tantas para que essa vida melhor fosse possível; que está longe fisicamente e até virtualmente, porque ela também tem uma meta; que aceitou ceder em várias coisas, o que para ela pode ser bem difícil; que, desde quando eu conheci, mudou muito e ainda está mudando e, na minha opinião, se é que isso vale alguma coisa, mudou para  melhor. 
Então, eu desejo a essa pessoa uma vida inteira de oportunidades, porque só precisamos delas para fazerem as coisas acontecerem. E se as oportunidades não aparecerem por si só, que ela tenha a força e a criatividade de criá-las. Que ela nunca perca o desejo; de viver, de superar, de se reinventar. Que não tenha medo de mudar se for preciso: de casa, de cidade, de estado, de convicções. E que jamais perca de vista a noção de que a vida é o nosso maior presente, é a nossa maior tela em branco. Podemos nem sempre ter as tintas que queremos, mas somos nós que escolhemos o que vamos pintar.
Beijos enormes!!! E lembre-se: os 30 são os novos 20!!!

domingo, 12 de maio de 2013

O Dia Dela

Mãe (Mário Quintana)

Mãe... São três letras apenas
As desse nome bendito:
Também o Céu tem três letras...
E nelas cabe o infinito.
Para louvar nossa mãe,
Todo o bem que se disse
Nunca há de ser tão grande
Como o bem que ela nos quer...
Palavra tão pequenina,
Bem sabem os lábios meus
Que és do tamanho do Céu
E apenas menor que Deus!

Hoje é dia das mães. Apesar da data ter um apelo mercantilista que só perde para o Natal, acho massa o tanto de homenagens sinceras que vejo aqui e ali. São tirinhas, textos, fotos, desenhos, tudo para agradecer e dizer o quanto essas mulheres são importantes em nossas vidas. E já que não sei desenhar, eu escrevo. Minha mãe sabe o quanto ela é importante para mim. E ainda que ela saiba, é preciso dizer. E ainda que eu diga, as palavras não serão suficientes. Porque ser mãe extrapola o limite da racionalidade. Porque ser mãe é equilibrar sentimentos e pensamentos subjetivos de forma objetiva. Porque não basta amar. Nunca bastou. É preciso ensinar, orientar, educar. É preciso preparar: para a vida, para o mundo. É preciso proteger, mas também é preciso soltar, dar liberdade. Não é porque é minha mãe não, mas ela fez isso tudo muito bem.
E mesmo que depois de muitos anos a gente entenda que nesse processo houve erros e acertos, temos a certeza de que ela fez tudo que podia por nós. E que faria como ainda faz de novo, e de novo.
E hoje, que ela também precisa de ajuda, cuidados e até orientações, acabamos por perceber o quanto esse papel pode ser difícil, trabalhoso e cansativo. E que de forma nenhuma é poético e belo todo o tempo. Que muitas vezes a mãe teve vontade de sumir. Que até pode ter passado pela cabeça dela não ter sido mãe. E quem pode condenar uma mulher que se vê às voltas com filhos, marido, casa e carreira para conciliar? Não percamos de vista que esse arremedo de equilíbrio nas relações entre homens e mulheres é coisa recente. 
Então, que os agradecimentos por essas mulheres que dedicaram parte da vida delas a preparar os alicerces das nossas não sejam palavras ou imagens vãs postadas no Facebook. Que os beijos e abraços sejam verdadeiramente demonstrações de gratidão e reconhecimento. E que os presentes porque ninguém é de ferro e todo mundo, inclusive as mães, adora ganhar sejam simbólicos e autênticos. Porque tenho certeza que quando nossa mãe não podia comprar aquele brinquedo caríssimo da Estrela, ela escolhia, dentre aqueles que podia, algum que a gente fosse gostar e nem lembrasse do jogo de grife, como de fato não lembramos, afinal estamos todos vivos e bem criados. 
Então, mãe, esse post de hoje é parte do meu presente já, já chego aí levando a outra parte e a sobremesa. É a minha forma de tentar expressar um pouquinho do que sinto e do quanto você é, foi e continuará sendo imprescindível em minha vida. É o meu jeito de dizer que, modéstia à parte, você fez um bom trabalho. Se hoje eu sou quem sou, e como sou, devo muito disso a você e a papai também, mas agosto ainda está meio longe. Se eu aprendi desde cedo a pensar, a ser crítica, a não querer ser igual a todo mundo e a andar com minhas próprias pernas, você foi a grande responsável por isso. Tenha certeza que, se um dia eu for mãe viu, gente não adianta ficar perguntando quando vem o filho, tá?, usarei muito do que me foi ensinado por você, e esta é a maior prova de que você fez o melhor que podia.
Te amo.

Para Sempre ( Carlos Drummond de Andrade )

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

sábado, 11 de maio de 2013

Portas abertas. E o coração também.

E a casa foi inaugurada. Amigos, família, sejam bem vindos ao nosso lar. E obrigada por terem se apertado aqui com a gente. Tava calor, não tinha lugar para todo mundo, mas não faltaram risadas e carinho e espumante Aquarela e cerveja, que sobrou toda, por acaso. Alguns vieram depois do trabalho, outros chegaram já bem tarde, outros literalmente deram apenas um pulinho por aqui e outros se fizeram presente via Skype, mas o que importa é que apareceram!
E, com isso, tenho ainda mais certeza do quanto é importante ter ao nosso redor pessoas que gostam da gente. Ou seja, mesmo que o apartamento seja pequeno, mesmo que não seja o mais ventilado do mundo, mesmo que não tenha lugar para todo mundo sentar, saibam de uma coisa: nossas portas estarão sempre abertas. Venham tomar um café, uma sopa, dar um tempo até a hora da consulta médica, filar o rango, tirar um cochilo, mas apareçam só não vale aparecer no Carnaval, porque vamos sublocar o apartamento e faturar uma grana, tá?.
Ah, obrigada pelo Ba Gua, pela sacola de feira lindaaaaa, pela luva de silicone, pelo varal de calcinha, pelos panos de prato... Cada dia mais me convenço que pano de prato nunca é demais numa casa. Mas por mim até falta pano de prato, o que não pode faltar jamais são as pessoas queridas.